quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Solteirona

Primeiro de tudo e obvio: dias dos namorados ela passa trabalhando.
Uma mulher nos seus 45 anos, que com 30 ainda achava que iria encontrar seu príncipe encantado.
Hoje nem se arruma mais, sai sozinha no supermercado de pijamas e o cabelo armado.
Maquiagem são só produtos enganosos,
Junto dos produtos de cabelo e dos seus mimimis gels-hidratantes-especiais-que-seja.
Uma promessa para a beleza que não faz diferença na sua vida.
Mas ela não se deixa derrubar por estar sozinha.
Feminismo & todas essas merdas dos novos padrões da sociedade a sugam para seu são o contentamento de poder andar feia em casa, dançar no meio da sala sem roupas e finalizar pensando nas noites em claro em quem quiser.
Ela tem tudo afinal. 
Uma cama confortável podendo se esticar até 5 metros de distância,
Uma banheira de bolhas e champanhe a 5 passos,
Um pote de sorvete häagen-dazs que não precisa ficar aflita de ter que dividir com ninguém.
E ela tem uma filha.
Só pode ser assim que não sente falta, 18 anos a idade do casamento.
Começa difícil, dores de parto e trocando fraudas.
Só para dificultar mais ainda, não dormindo de noite, tapando as tomadas e escondendo os pequenos objetos. Só para dificultar mais do que o possível, a preocupação de hoje de aonde estão, sua filha e o namorado.
O Sr. que vai ocupar o outro lado da cama, vai pular no meio do banho de bolhas, e roubar escondido uma colher do sorvete.
Ah, e claro, vai acompanhar a única desolidão da mãe solteira todos os dias 12 de junho.
A única e ultima coisa que a ruivona terá são seus rushs de correr entre quarteirões antes de estacionar o carro ao ir para casa.

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