segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Um Final Feliz

Desliguei o chuveiro e peguei minha toalha. O banheiro estava inteiramente nublado, gotas de água pingavam do meu cabelo. Abri o box e pisei delicadamente sobre o pano de chão, ouvindo no silencio da noite um barulho peculiar. Pensei no momento que ele deveria ter ligado o Skype para falar com seus amigos.
"Puxa, até aqui, enquanto todos estão dormindo... Deve estar tarde" Pensei rebolando a cabeça em desaprovação.
Me vesti com meus pijamas improvisados e aleatórios, e na esperança de sair mais rápido dali, sai com a escova de cabelo na mão; Notei que a porta do quarto do pai dele estava fechada, e a outra porta encostada. Primeiro hesitei em bater na porta antes de entrar, mas ai ouvi o que eram os barulhos: A nossa música estava tocando.
Dentro do quarto estava ele sentado na cama, com o cabelo pingando ainda, e uma rosa estava na sua frente.
Na hora fingi não ter notado e sentei na frente dele, sorridente.
Ele continuava olhando para baixo.
Sendo o blooper ambulante que eu sou, o observei tentando pentear meu cabelo todo bagunçado, e reclamei um pouco com palavras que não lembro, de como eu sempre estragava as coisas.
Ele ergueu o olhar, e manteve uma expressão seria, porem agora ele me flitava com um certo ar de interrogação;
- O que é isso?
Me direcionei para a rosa.
Engraçado como alguns dias atrás eu havia o contado que nunca tinha ganhado uma flor.
Ele não respondeu na hora, apenas a observou mais.
- É para mim?
Como eu sou tonta! Claro que é para você!
Ele acenou e me beijou.
Dei uma risadinha, e ele acordou do transe em que estava.
- Que droga, meu cabelo ainda esta cheio de nós! - tento passar minha mão pelos meus fios de cabelo, porem minha mão se prende bem no topo. A balanço de irritação. Sua tonta! Estragou a coisa mais perfeita da sua vida! Droga de cabelo...
- Eu estive pensando na pergunta que você fez...
Tinha um palpite de qual pergunta, mas aguardei ansiosa para ouvi-ló dizer.
- All we need is a date.
- Date? Como um encontro?
- Não, uma data. - me perfurou mais um pouco com seus olhos lindos acinzentados antes de continuar com a voz fraca: - Eu sei que você não gosta de abril... Mas 4 do 4...
Soltei uma risadinha e o ataquei com vários beijos.
Tudo estava perfeito. Tudo era perfeito.
O lugar, o momento, o que sentíamos...
Ainda tinha viva a imagem dele cantando sob luzes coloridas enquanto estávamos no show.
Não achei que precisava responder, mas voltando a ficar serio ele perguntou:
- Você quer ser a minha parceira, minha melhor amiga e namorada, para vida toda?
Mas é claro!
- Sim! Sim! Claro que sim! Seu bobo!
Ambos sorrimos, e continuamos sorrindo provavelmente a noite toda abraçados no frio de São Paulo.

Obs: Essa postagem foi originalmente postada no dia 04/06/2013
Sem querer mexendo nos marcadores eu re-publiquei ela HOJE.
Uma bela desgraça para aqueles metódicos e chatos (nesse caso, dessa vez, EU).
Enfim, tudo bem, eu sobrevivo.

0 comentários:

Postar um comentário

 

Uma Pequena Blooper © 2010

Blogger Templates by Splashy Templates

Google Analytics Alternative