terça-feira, 29 de julho de 2014

Lying is the Most Fun a Girl Can Have Without Taking her Clothes off.

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Com os olhos verdes fotofóbicos ela olhava a tela distocida e sem sinal da televisão.
O peludo branco estava em seus braços sonhando, enquanto ela ficava pensando no que não deveria.
Ela não esteve lá, nunca esteve lá. Mas as imagens são tão vívidas que parecem que se infiltraram em sua cabeça tirando todo o tom e a verdade de suas próprias memórias. Tudo que um dia foi seu se tornou fantasia esquecida em baús empoeirados. Mas dele, dele ela lembra. Ela lembra de quando as casas e hoteis foram construidas no bairro perto da estação de trem, que ela nunca conheceu.
A cidade era abandonada, com núvens faroestes. Comeria-as igual agodão doce se elas estivessem doces o sulficiente.
Ela consegue lembrar nitidamente das botas de couro dele, do vermelho em seus lábios, dos trilhos de trem.
Lagrimas escorrem no rosto dela. Todo dia se tormenta com sua imaginação tão criativa do que nunca viu. Ele se amarrou em uma sexta-feira e nunca mais voltou.
Chu-chu
Ela lembra de tudo
Da felicidade a tristeza.
Não basta pensar em todas as outras pessoas quem também algum dia já foram melhor do que ela.
Não a satisfaz comparar pesos e carinhos.
Toda rodada que seu peão da um passo ela lembra do xeque-mate. Do sorriso incomparável
E do brilho dos olhos que ela nunca poderá ver. Dos sonhos que vieram antes
De tudo que já foi um dia
Antes de
chu-chu-chu ...
As rodas sairem dos trilhos.

                       * * *

Ele fez um pacto com o demônio.
Não tem como seguir em frente.
Você sabe, que sempre...
Vamos fazer esses corações adolescentes baterem
Rápido,
Mais rápido.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Biografia

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Talvez eu seja só um prêmio de consolação
No reino dos brinquedos de verdade
Eu sou o carrinho com a roda traseira quebrada
Para todas as pobres crianças que não podem ter outra coisa
Para todos aqueles que não tem nada
                             .
Eu sou um balanço feito de pneu de carro e corda marrom
Nas casas caindo aos pedaços
Perto dos aterros sem construção.
                             .
Você já deve ter me visto como boneca de pano retalhada,
Costurada com as sobras de roupas velhas
Em cima das camas de colchões de plástico amareladas
                              .
Talvez eu seja mesmo um prêmio de consolação
Quando as situações mudam eu me torno lixo, apagada num canto
Mas enquanto sou tudo, ilumino um universo inteiro dos transviados
E não tenha nada nesse mundo que consiga me encher mais de emoção
                              .
Não sou nenhuma femme fatale wanna be
Só vivo dos cacos quebrados, tentando reconstituir
                              .
Sou uma companhia caindo aos pedaços
Preenchendo o lugar dos pedaços caídos das minhas companhias.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Future

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Os meus "sim"s se tornaram incertos
Não tem muita correção para os meus sentimentos atodoados
Sou só e apenas sapatos cambaleando nessas ruas povoadas de Campinas
Eu quero pular na frente de um ônibus
Mas o seguro não cobra.
                                «»
- Pense no futuro, pense em uma nova vida - diz seco - Você vai conseguir sair daqui, vai sair eventualmente.
- Vou.
                                «»
Mas não com as mãos intercaladas com as suas.
                                «»
Interrompo os pesadelos com tosses secas
Paro de pensar em você
Não existe esperança.
Eu não sei se você não entendeu ainda;
Quando acabarmos de escavar o túnel
Acharemos pó
E ele voará mais alto do que a asas dos condores romanticistas
Enquanto empacados estaremos
No nosso triste infelizes para sempre.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Where is my Demon?

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Os dias passam
E ela esta sentada na cadeira no meio da sala
As folhas caem
E a cadeira rasteja um ruído lento
Os pássaros cantam
E as unhas dela arranham o encosto de couro
O vento assobia nas janela
E o cabelo dela crescido consome seu rosto nas sombras
As luzes apagam
E só se vê o sorriso macabro.
O pesadelo dela a engoliu
E ela some
Na cadeira se repousa um espelho
Você se aproxima
E ela te devora em pedacinhos.
Foi você que a tornou em um mostro.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Zen

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Menino bonito,
Me leve para pasargada
No templo dos monges
Aonde ninguém fala nada
Menino bonito,
Medite comigo
Sinta a terra abaixo
Suspire a paz
Menino bonito,
Eu preciso de calma
Não posso sentir tanta raiva
Não consigo aguentar mais
Menino bonito,
Voe comigo
Vista esses tapetes
Que vamos para longe
Para não voltar jamais.

 

Uma Pequena Blooper © 2010

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