quarta-feira, 17 de maio de 2017
Sobre você
sexta-feira, 14 de abril de 2017
Sentimental
Chego em casa
E encontro corações partidos
Feridas cuspindo sangue
Pessoas quebradas.
Respiro um ar pesado
E você sabe que sou uma pessoa triste
Que nem as várias que carrego
Mas nos meus sorrisos doloridos encontrou refúgio.
Nos nós dos teus cabelos me perco por alguns instantes
Um menino alegre destruído pelos acasos
Segurando minha mão,
Achando que encontrará doçura na sacola de limão
Pelo seu carinho eu acorrento meus braços
Do mal que eu mesma me causo
Pela sua risada aguento mais um dia
Da minha miserável vida.
Chego em casa e te espero interfonar
Para ouvirmos músicas deitados em silêncio
Mergulhados no eterno pensar
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Luto para viver mais um dia
Que agora a realidade parece confusa
E eu não sei o que sentir
É uma angústia, um novelo de lã que usavas para tricotar minhas toucas
Enforcando meu peito.
Teu amor me aquece nesse inverno tão gelado
E a única promessa que te garanto é de sempre levar meus casacos
Pois sei que deu que fará frio na televisão.
A lembrança do teu toque e cheiro são tão vividos
Será que irão embora contigo com o tempo?
Ou ao menos isso deixarás para mim?
Tem um potinho do teu molho de macarrão no congelador
E tantas fotos suas com um grande sorriso nos álbuns lá da sala de casa
Não consigo acabar esse poema
As forças que tinha usei tentando colocar o pé fora de casa
Acabaram nos meus olhos vislumbrando a janela.
Vi um mundo vivendo
Pessoas passando igual a antes
Seguindo em frente
E ninguém está de preto. Ninguém chora. Ninguém sente o que eu sinto.
Porque não te conheceram
Aí dessas pessoas infelizes
Que não provaram do teu carinho
Do teu amor
Aí dessas pessoas infelizes que vivem e passam
Enquanto eu não aguento viver nesse mundo sem você.
As lágrimas me consomem
E eu nem tenho mais lágrimas para chorar.
Breve texto que nem foi a nossa idiota pizza
Fluidos, lágrima que caí dos meus olhos verdes
Suor do dia de verão que sempre te disse que amava
E amo
Muito mais do que já gostei de você.
Arte de Rua
Passo por artes desenhadas nos muros alheios e corro tropeçando nos meus pensamentos turvos.
- SAI DAQUI – grito para ele apressando o passo.
Mas ele mantem logo atrás, me cercando.
- SAI – choro.
Olho para trás, ele não responde.
- SOME OU EU ME JOGO NA FRENTE DE UM CARRO.
Cambaleio até os carros. Ele se distancia. Mas não adianta de nada. Não me importo com o rosto estupido dele. Não me importo mais com os meus sonhos.
De frente para as luzes morro e o vento sul carrega de mim todas as minhas histórias.
Ele assiste os papeis rabiscados e amassados voando e chora.
Ninguém se importa.
sábado, 13 de agosto de 2016
Um Instante para Procrastinação
Mas elas também podem ser resquícios da tempestade que vive dentro de mim.
Sobre a minha cabeça caem gotas de chuva e raios.
Alguns furacões já passaram pelos meus fios de cabelos
E os enosaram todos.
O tempo gasto desembaraçando-os me manteve ocupada enquanto os sonhos que moravam nas casas dos meus olhos se esmagavam contra as montanhas de minhas bochechas no deslizamento.
Foi agonizante, dava para ouvir os gritos bem de perto das minhas orelhas.
E no entanto nada se dava para fazer.
Minha cabeça saiu rolando e deixou meu corpo.
Ela caiu bem fundo no buraco da depressão
As lagrimas de seus olhos verdes ficaram nas minhas mãos, chorando.
Uma pela minha perda que partiu meu coração em pedaços
Outra por você, que pisou em cima do meu pé e doeu.
Doeu demais.
São lagrimas que não param de escorrer e mofar as paredes.
Mas elas também podem ser da geada que passou por aqui depois de todos esses dias frios
Da felicidade que estou tomando fluoxetina e sertralina
Do arco-íris se formando nos meus cachos enquanto marcianos ajudam a reconstruir mansões para todos os meus sonhos
Provavelmente é só a alergia mesmo.
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Segundos
Quantas músicas menino
São necessárias?
E quantos cafunés, menino?
Já fizeste com o mesmo carinho com que me olhas
Enquanto estou de olhos fechados dormindo.
Quantos táxis vai pegar
Até traçar todos os caminhos do meu corpo
Sua carinha de bobo
Rindo e assoprando os brotos de erva doce espalhados pela cama
E essa chave que sempre carregas no braço
Será que ela abre os portões de uma vida em cores?
Imigrante na minha vida
Passou estreito pela alfândega
Carregando minha pequena princesa em perigo
Cuidado com o pescoço descoberto
Há vampiros escondidos
Que vão sugar todas as suas emoções de ti.
Quantas músicas vai ter que cantar?
É uma bomba relógio
Acendesse o isqueiro
Pode explodir
Mais uma dose de Elvis
Para me apaixonar.