segunda-feira, 24 de junho de 2013

Ex-namorado

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Lembro da primeira vez que te vi pendurado
Na parede da casa da minha melhor amiga
Olhos azuis do príncipe encantado
Novembro, dia 19

Da primeira vez reclamou do suor da minha mão
Me deu alguns beijos
Abraços
Dicas
Mas era um incrível bobão.

Da segunda vez dizia que me amava.
Amava
...Muito...
Mas nunca se incomodava
Quando me fazia triste
Quando eu chorava.

Da terceira vez nem queria dizer que era meu.
Ficava de olho em outras
Recusou o infinito
Não durou muito para dizermos adeus.

Da quarta vez, você resolveu ceder
Conseguiu tirar minha blusa
Com um "te amo até morrer"
Mas eu acabei cansando...
Com a minha amiga,
Beijamos marshmellows
E colhemos morangos.
Você quis entrar
Mas não da certo,
Estes triângulos.

Da quinta vez, metamorfosiou-se em meu oposto
Um santo,
Um ser sem rosto
Mas te taquei do penhasco,
Porque você não me arremessou uma flor

Da sexta vez, errou o dia
Dia 29, chegou sem o cavalo, só o branco
Não podia me dar certeza de nada
E eu já estava cansada
De todas suas tentativas
De todas as minhas mágoas.

Porém desta vez,
Me apresentou seu melhor amigo
Agora, inimigo
O mais perfeito de todos
E que parasempre estará,
Comigo.

***
Por fim, voltei na casa da minha amiga
E pedi pra deletar
Você agora é um bando de papel rasgado
Te jogar fora foi mais difícil do que te amar.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Isso Me Mata

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Saber que você se desconstrói com as minhas memorias apagas
Apagadas memorias minhas que nem lembro mais

Talvez ele começou a gostar ou só esta me seguindo;
De qual quer forma "que é seja"
Eu não poderia dar mais a mínima.

Mas você da o máximo
Tudo para poder se sentir pior
Fotos
Cartazes
Miragens

Tantos gostos e cheiros
Imagens
Umas pilhas delas
Retocadas

Maldito feto
Abortado
Que segue comigo
Do meu passado.

Isso me mata
Me deixa então morrer em paz?

Acho que meu lábio inferior esta com frio.
Ele não para de tremer

Acho que meus dedos, congelados
Não mechem
imobilizados.

Minha voz inventou trocar de verde
Perdeu o tom.

O que aconteceu
Não sou
eu.

O que aconteceu
Realmente
Não fui...
Eu.

sábado, 15 de junho de 2013

Uma Aula de Biologia sobre Pulmões.

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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Blooperacidade

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São 7 da manhã, 8, 9, 10
E o pacote não chegou.
No recreio meu celular
(Desgraçado!)
Abre justo a página da encomenda.
Será que você viu?
Espero que não.
Puxa!
Na mesa da cozinha, plástico bolha.
O Quincas bagunça o escritório: trás comido e babado papel de embrulho.
Claro!
Minhas desculpas de derramar suco de uva na blusa e ir me trocar...
Nem vai colar
Falta o suco de uva
(Maldita dieta da minha mãe!)
Pra ajudar o cartão molha na pia...
Uma beleza, palmas, palmas
Saia do banheiro e se de de cara com uma porta de vidro
Tropece
Caia
Use suas ultimas energias
Para enfiar sua cabeça na privada
Não esqueça de dar descarga.

E essa sou eu tentando fazer uma surpresa de dia dos namorados.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Mudando o Roteiro Básico

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Antes:

Cena I
O sol esta subindo no céu, o dia começa nublado, frio.
Ele esta apoiado sobre um correio, observando o vento carregar seu cachecol.
O sol começa a bater em seu rosto, e ele levemente fecha os olhos para enxergar.
Atrás dele, apagada, ela está andando na ponta dos pés, sobre a neve; Somente consegue-se ver seu sorriso brilhando.
Ele abre o correio, deixando uma carta cinza.
Respira fundo, e anda para frente, não vendo ela, sai de cena.
Ela atrás abre a caixa de correio, pegando a carta.
Lagrimas correm em seu rosto enquanto lê.

Cena II
Ele está sentado em uma cafeteria, segurando um presente.
Logo atrás está ela sentada em uma mesa, tomando um chá.
Ele olha para trás, ela rapidamente cobre seu rosto com o cardápio.
Ele abre sua carteira, deixa um pouco de dinheiro na mesa e se levanta.
Ela o observa sair pela porta de vidro, e atravessar a rua.
Nas mãos dela ela aperta uma carta, toda colorida, diferente da outra.
Suspira e olha para suas mãos.

Cena III
O cenário esta completamente escuro; Só se percebe as silhuetas dos dois. Ele segura o braço dela, e ambos estão se olhando.
ELE:
(ofegante)
Aonde você esteve?
ELA:
(soluçando)
Aonde você não esteve olhando.
Ele larga a mão dela no ar, as luzes se acendem; 
Ele esta suando e com o cabelo todo bagunçado.
Ela esta chorando, e seu rosto inchado.
ELE:
Você sabe que dia é hoje?
Ela acena que sim com a cabeça, devagar.
ELE:
E acredita ser certo sumir? 

Ela não responde. A cena se quebra em cacos de vidro.

COMECE, NOVAMENTE!
O depois:

Cena I
O sol esta subindo no céu, o dia começa ensolarado.
Ela esta apoiado sobre um correio, observando o vento carregar seu cabelo.
O sol começa a bater em seu rosto, e ela levemente fecha os olhos para enxergar.
Atrás dela, apagado, ele está andando na ponta dos pés, sobre a folhas secas; Somente consegue-se ver um boquê em suas mãos.
Ela abre o correio, pegando uma carta cinza.
Um sorriso cresce em seu rosto enquanto lê.
Ela a segura contra o peito, e se vira, tomando um pequeno susto ao vê-lo bem próximo.
Ele sorri, e a beija.

Cena II
Os dois entram de mãos dadas na cafeteria.
Ele da a ela um presente, ela enrubesce, se escondendo atrás do cardápio.
Ele ri dela, e abaixa o cardápio.
A moça chega com dois chás na mão e os serve.
Enquanto ele toma um gole, ela abre o presente:
Há um caderninho marrom com escritos em vermelho cravados na capa.
"Eu te amo", e trechinhos só deles, escritos a mão.
Ela tira da bolça uma carta colorida, e o entrega, sorridente, observando a mão dele segurando a carta com força.

Cena III
No mesmo quarto da primeira cena III, porem com as luzes acesas, estão eles se abraçado e beijando.
ELE:
(ofegante)
Eu te amo.
ELA:
(envergonhada)

Eu também te amo.
Ele empurra ela gentilmente até a cama, as luzes se apagam; 
Ambos estão suando e com o cabelo bagunçado.
ELE:
Feliz dia dos namorados.
Ela ri.
ELA:
(brincando)

Eu achava que você considerava isso uma data capitalista e tonta.

Ele não responde, somente suspira e balança a cabeça. A cena se apaga com uma música fofa de final de filme no fundo.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Já foi se a vez...

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Ele acreditava conseguir comprar as desculpas dela com um anel brilhante.
Ela acreditava conseguir preencher seu vazio com o amor de uma joaninha.
Os dois viraram estranhos, um dia.
Ela fingia estar doente para justificar seu rosto emburrado.
Muito tempo distante... Existia um gato.
Seu nome era Seth,
Ele tinha um longo pelo cinza, com manchas pretas.
Na noite se camuflava.
No dia dormia.
E essa era a vida dele.
Deitado ao lado de um cobertor azul, e uma caixa de papelão,
Chegou um garoto 
Que o estendeu a mão.
- Você está perdido gatinho?
Seth retribuiu com um olhar pedinte, e o garoto coçou suas orelhinhas.
Purr, purr - o gato dizia.
Dalí, pintaram um quadro
Um paraíso de folhas verdes e cogumelos violetas
O ar cheirava a coentro.
Em casa, tomaram hot chocolate
Seth estava doente
Isso tudo acabou em novembro.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Caro Tempo,

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Perdoe-me, mas só dirijo com palavras de desdem.
Odeio você, e só você
Não precisa perguntar quem.

Aqueles sereszinhos no parquinho
Que brincavam de gangorra
Dividiam quem empurrava o balancinho
Por sua causa são agora drogados
Todos com egos inflamados
E braços cortados.

Tempo, porque causaste tanta dor
Tirados dos sonhos e das esperanças,
Daqueles rostinhos com tanto amor

Eram apenas criancinhas
Aprenderam tudo juntinhas
Para crescerem separadas
Tornaram estranhas, quem antes eram vizinhas.

Porque roubou todo o brilho?
Porque tudo roubou?
Do que você faz bem uso das vidas que tomou?

E o Russo achava
Ter todo o tempo do mundo
Ainda era cedo
Cade todo esse tempo?
Quão tarde será agora?

Tik Tok,
Tik Tok
O coelho da Alice sabe.
Ele sabe a hora
Que todos aguardamos desde sempre
De dizer adeus ao mundo
De ir embora.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Toque de Cremosos

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Baby, desiste
Você nunca vai conseguir assim,
Cantada barata não rola
Nem pensar com um romance folhetim.

É tão meloso que me enoja
Mais doce que salada de frutas
Chega de comparação chinfrim
Mais clichê do que Romeu e Julieta
Não se consegue um amor assim.

Não serei sua anja que caiu do céu,
Muito menos borboleta
Baby, desencana
Isso tudo eh tão patético
Deixa de ser assim!

Baby, seu banana...
Me ouve,
Introduzir dança na conversa não vai melhorar.
Não se faz assim
Se conquista com o olhar.

Logo eu tenho que ir
Eu sei, você precisa de mim
Baby, aprende sozinho.
Não é necessário mentir

Um dia quem sabe da certo.
Mas até lá,
Tente só não brincar de pescar
Não se fisga garotas com coisa cafona
Joga fora essa sanfona
Baby, só tente.
Somente não use de "pudim".
Quando precisar rimar
Não elogie assim.

domingo, 2 de junho de 2013

Parada: Presente (somente ida)

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Acabei de voltar da estrada das memórias,
De novo
Quero um ticket de passagem para o presente,
Sem retorno
Cansei dessas histórias.
Cansei de ser ausente.

Tenho medo das coisas que vejo nessas viagens
Tenho medo do que elas me fazem sentir.
Não gosto de sentir saudade.
Não gosto dessa alegria,
Nostalgia
Felicidade
Também não gosto dos calafrios
De todos esses rostos,
Sorrisos

Gosto muito menos quando pego o trem errado.
Mergulho nas memórias dos outros
Que desconheço
Mas imagino com tanta certeza e cor.
Esses são os piores.

Detesto como o mundo continua insistindo em girar

Pare de girar...
Pare de girar!
A contadora de histórias não agüenta mais.
Deixe ela descansar?

Essas desilusões
Esses mundos construídos e desmanchados.

 E não para, não para, não para.

sábado, 1 de junho de 2013

"Você é muito novinho para saber de amor"

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Com 5 anos o pequeno menino se apaixonou.
Ele via ela como a criatura mais bonita da face da terra.
Alias, ele só via a ela.
Sentia um formigar estranho no peito,
Contava as horas para ve-la,
E cada segundo que pudesse estar mais um ao lado dela, ele estava, e conseguia estar.
Não enjoaria nunca daquele sorriso
Daquele perfume de giz de cera e shampoo johnnsons que ela tinha,
Dizia a todos, gritava para o mundo o que sentia.
Mas o mundo o repremia.
"Um garoto tão novo quanto você não sabe o que é amor"
Mas ele sabia.
Decidiu ouvir o que diziam,
O menino então cresceu.
Seus amigos os convidaram para baladas,
Ele aceitou
Umas garotas de mini saia e blusas decotadas,
Sem o menor significado, pediram para enfiar a lingua na boca dele.
Ele aceitou.
Ele foi crescendo...
Teve umas namoradas
Mas no final tudo acabava dando errado
E ele não sabia se sabia qual era a cor dos olhos delas.
Nenhuma cheirava a giz de cera, isso com certeza.
Na verdade ele não amava nenhuma.
E ele foi crescendo...
Encontrou uma garota bonita.
Inteligente.
Especial.
Eles se casaram!
E ele foi crescendo...
Depois de 5 anos ele a traiu
E claro, para deixar tudo trágico
Ela descobriu.
Chorando, o perguntou por quê.
Como ele faria isso se a amava?
Ele não entendia de amor.
Ele já era crescidinho para saber o que era amor.
Mas deixou de saber muito tempo atrás,
Quando perdeu a inocência de criança
De quando tinha 5 anos.
E quem falou que crianças são muito novas para saberem de amor?
O amor é algo muito puro para os mais velhos entenderem.
 

Uma Pequena Blooper © 2010

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