segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Misguided Ghosts

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Naquela sopa de chuva meu reflexo parecia claro
Observava-me de baixo para cima, com as botas azuis sujas de lama. Meu cabelo marrom voava junto com o vento, enquanto carros passavam por todos os cantos.
Ninguém me notava.
Como se eu fosse invisível.
Como se eu fosse um fantasma.
Pisei na poça ensopando meus jeans. Suspirei. Caminhei sem olhar para trás, tentando divergir meus pensamentos de você. Dos meus fantasmas. Desses mistérios que tanto me aflingem, corações partidos e mentes doentias. Corria em círculos fugindo para onde não sabia. Mas sua voz voltava em ecoos sussurados no meu ouvido.
"Porque" era a palavra que não saia da minha consciência
Seguro a mala com mais força, puxo-a contra o peito. O céu começou a chorar e sinto a lagrima do nosso último encontro escorrer na minha bochecha.
Eu não me importei.
Eu te deixei falando sozinho de madrugada. Eu errei tudo. Segui o caminho errado anos mais nova e estou desde então perdida seguindo em frente constantemente virando para trás. Quero sumir.
Meus pés doem de frio nas pontas dos dedos, meu naris parece congelado.
Acompanho meus passos segurando a um corrimão de metal. Ele tem buracos iguais aos que segurava me esperando chegar. Não me esperava mais. Não somos mais os mesmos, 1, 2, 3 —4. Somos todos fantasmas sem rumo. Eu só gostaria poder te enterrar...

 

Uma Pequena Blooper © 2010

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