Me seguro a minha poltrona amarela, e estou encolhida sozinha em pleno outono.
Enquanto as folhas caem e a brisa passa, me arrepio.
Gostaria de saber como vim parar aqui
Aqui, no sentido figurado da cadeira imaginária em que me encolho solitária.
Meus lábios estão secos, e com a garganta rouca e ressacada seguro a tosse.
Toda a água reserva foi gasta em gotículas inúteis que correram até ao meu queixo.
Sinto febre e a hipnose ataca meus poucos suspiros.
Cerro as unhas na poltrona que se tornou vermelha
Como chegou a isso?
Como os sorrisos que sorriam sorriem nos meus lábios ressecados?
Nenhum antibiótico faz mais efeito.
Aguardo
Enquanto as super bactérias do seu passado escalam as minhas forças
E não tem fim.
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