sábado, 27 de julho de 2013

The Beauty and The Beast

Ele nem sempre foi assim, uma fera.
Tinha ambições de um pequeno príncipe, delicado como o sapatinho de cristal.
Mas a bruxa malvada o tirou tudo, ela o tornou mal.
Seus pés alargaram, seus dedos viraram armas.
E tudo que ele tocava morria.

Ele nem sempre foi assim, um monstro.
Foram suas desaventuras que o criaram o rancor.
Não tinha intenções ruins, mesmo por baixo dos olhos vermelhos e dentes sanguinários.

Ele nem sempre foi assim, manipulador.
Aprendeu a caçar, e tudo que encontrava era alvo, mesmo sem querer apontar sua flecha.

Mas ele sempre foi assim, egoísta.
Mas ele sempre sentiu amor
Pela bela donzela orquídea lilás

O que é amor se não querer o melhor pelo amado? 
O que é amor se não coloca-lo na frente?

O melhor era a terra, a água o sol e o ar.
Mas ele a carregava bem pertinho, apertava, sufocava.
No futuro ele sempre vai sentir o que sente.
Arrependimento. 
Ele foi uma fera, um monstro, um manipulador.
Matou o único ser que não tinha medo.
O único que o amava de volta.
Sua cega e tonta flor.

A via debatendo e chorando
Todos os dias com seus toques e olhares
Até quando ele estava tentando.

Tudo que ele queria era voltar no tempo
A soltar no mundo
E a deixar.

Queria poder ter deixado ela viver fora de sua maldição.

Ele mesmo 
Sempre teria sido o fim.

Ele deseja hoje nunca ter ganhado o que sempre a agradeceu.
Se ela tivesse nojo
Se ela não o amasse
Se...
Ela tivesse sido o fim.

Mas a felicidade momentânea
E a ilusão sempre agradam
De que tinha jeito
De que suas garras não doíam...

Ele nem sempre foi assim, esperançoso e feliz.
Foi a orquídea que o deu seu coração.
Pobre não sabia que sem coração os seres morriam.

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