Passo por artes desenhadas nos muros alheios e corro tropeçando nos meus pensamentos turvos.
- SAI DAQUI – grito para ele apressando o passo.
Mas ele mantem logo atrás, me cercando.
- SAI – choro.
Olho para trás, ele não responde.
- SOME OU EU ME JOGO NA FRENTE DE UM CARRO.
Cambaleio até os carros. Ele se distancia. Mas não adianta de nada. Não me importo com o rosto estupido dele. Não me importo mais com os meus sonhos.
De frente para as luzes morro e o vento sul carrega de mim todas as minhas histórias.
Ele assiste os papeis rabiscados e amassados voando e chora.
Ninguém se importa.
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